É tempo de reflectir
Para se votar ou não,
Põr Portugal a sorrir,
Para não estender a mão.
Confesso que estou cansado
Em ver sempre o mesmo vira,
Embora não sendo culpado,
Sinto o vírus dessa ira.
Limito-me a ser fiel
Ao que o povo determina,
Como eles sinto na pel,
Os efeitos de tal doutrina.
Não há como ter fé !...
E voltar acreditar,
Está visto, que com José
Tudo tende a piorar.
Junho vai ser o mês D.
Se o povo assim quiser,
Sinto algo, não sei porquê !...
Mas o vira vai se manter.
Será que virá um dia
Que iremos ter o prazer,
De ver nossa economia,
Sem de outros depender?
Com terras ao abandono
Importando o que se come,
Não tarda teremos dono,
Como cachorro que dorme.
Temos sido avaliados
Com os deveres europeus,
E com direitos olvidados,
Comparam-nos com Pigmeus.
O Povo vai ter a faca
E o queijo p´ra decidir !...
Continuar na desgraça,
Ou poder voltar a sorrir.
Mudem-se as caras !...
Mudem-se as opiniões,
Votem sem amarras,
Há outras soluções.
Não há porque ter receio,
Mudar de ares é saudável,
À que sair deste meio
Para um mais agradável.
Para a classe trabalhadora,
Que já está cansada
Há outra sígla tentadora,
Que tem sido desprezada.
O autor:
Bernardo Cerqueira.
Para se votar ou não,
Põr Portugal a sorrir,
Para não estender a mão.
Confesso que estou cansado
Em ver sempre o mesmo vira,
Embora não sendo culpado,
Sinto o vírus dessa ira.
Limito-me a ser fiel
Ao que o povo determina,
Como eles sinto na pel,
Os efeitos de tal doutrina.
Não há como ter fé !...
E voltar acreditar,
Está visto, que com José
Tudo tende a piorar.
Junho vai ser o mês D.
Se o povo assim quiser,
Sinto algo, não sei porquê !...
Mas o vira vai se manter.
Será que virá um dia
Que iremos ter o prazer,
De ver nossa economia,
Sem de outros depender?
Com terras ao abandono
Importando o que se come,
Não tarda teremos dono,
Como cachorro que dorme.
Temos sido avaliados
Com os deveres europeus,
E com direitos olvidados,
Comparam-nos com Pigmeus.
O Povo vai ter a faca
E o queijo p´ra decidir !...
Continuar na desgraça,
Ou poder voltar a sorrir.
Mudem-se as caras !...
Mudem-se as opiniões,
Votem sem amarras,
Há outras soluções.
Não há porque ter receio,
Mudar de ares é saudável,
À que sair deste meio
Para um mais agradável.
Para a classe trabalhadora,
Que já está cansada
Há outra sígla tentadora,
Que tem sido desprezada.
O autor:
Bernardo Cerqueira.