segunda-feira, 30 de abril de 2012

Um Abraço do Bernardo.


Aqui da minha tasquinha
Das rimas como lhe chamo,
Para uma conhecida minha,
Um abraço do Bernardo.


Fico feliz em saber,
Depois de lhe ter escrito
Que agora está a ver,
Com quem me identifico.


Conheço muito bem
O seu irmão Gaspar,
Foi meu colega também
Na escola a estudar.


Fizemos o 9º ano
Nas novas oportunidades,
O parar é um engano,
Devido a nossas idades.


Por isso é que escrevo
Despertando meu cérebro,
Afastando-me do enredo
Fortalecendo meu ego.


Na tasquinha vou editar
Este diálogo aberto,
Para mais tarde recordar
Se o que digo é certo.


Espero não beliscar
Em nada esta opção,
Trata-se em partilhar
Palavras com boa intenção.


Para as confirmar
Ao Google deve ir,
A tasquinha das rimas solicitar,
Ela é para servir.


“ Eu nunca falava,”
A Rolanda para mim
Quando a olhava,
Representava algo assim:


Sendo eu pequenino,
Tal como ela era
Via nela um pedacinho,
Da felicidade que Deus dera.


Lhe agradeço o gesto,
E de mim se ter lembrado
O falar-lhe sempre em verso,
É um prazer do Bernardo.


Para si, e para os seus
O melhor que o Mundo tem,
Estes são os votos meus,
Para quantos o merecem.


O autor:
Bernardo Cerqueira.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Recordando Abril
















O povo saiu à rua
Com cravos acenar,
Era o fim da ditadura
E do fascismo a governar.


Passados 38 anos
Muito se beneficiou,
Neste dia recordamos,
A vitória que se alcançou.


Hoje vêem-se murchar
Muitos daqueles cravos,
Que vão deixar de estar
Em locais apropriados.


Em mãos, junto a lapelas,
Comemorando aquele dia
Que encheu ruas e janelas,
Com faces de alegria.


Hoje todos estamos
Perante um grande dilema,
Roubam, o que ganhamos
Para sanar o problema.


Há gente interrogada
Sem saber pra onde vai,
E se sente enganada,
Por partidos que os atrai.


O autor:
Bernardo Cerqueira.

Aniversário da tasquinha














Neste teu aniversário
Que vieste pra rimar,
Surge no meu horário
Algo para te contar.


Passo os olhos por ti,
Tomas-me o pensamento
Conto-te tudo que vi,
És a dona do meu tempo.


Companheira da solidão,
Fazes-me meditar
Relaxas meu coração,
Não me deixas enferrujar.


Foste criada em escola,
Aprendeste bem a lição
Testa-me a toda a hora,
É Impossível dizer-te não.


Que dure longos anos
Esta nossa relação,
E a rima que amamos
Ocupe muita solidão.


Parabéns a você
Por me ter seduzido,
Nunca irei saber porquê,
Ter eu sido, o escolhido.


Brindo ao acontecido
E ao ter-te abraçado,
Gosto estar contigo
Porque me tens inspirado.


Tens tudo de bom
Que a vida contém,
Apresentada com som
Dás alegria também.


Com instrumentos afinados
E vozes aquecidas,
Uns copos bem entornados,
Compões muitas cantigas.


São enormes os motivos
Que fazem gostar de ti,
E me despertam sentidos,
Para hoje estar aqui.


Serás sempre apreciada
Aqui nesta tasquinha,
E por muitos venerada
Mesmo sendo pobrezinha.


Parabéns te quero dar
Por este duplo aniversário,
Que acabas de passar,
Com mais um tema literário.


O autor:
Bernardo Cerqueira.









domingo, 8 de abril de 2012

Assim me dei a conhecer.

Olá, amiga Rolanda
Espero se encontre bem,
Com a graça de quem manda,
Neste Mundo e no além.

Talvez não me conheça,
A vida é mesmo assim
Os anos passam depressa,
Vou falar um pouco de mim.

Ainda era adolescente
Quando vim para Ruílhe,
Filho de boa gente,
Trabalhadora e humilde.

Não sei se havia cá
Mais famílias de morgados,
Com apelidos de, Cerqueira e Sá,
A viver por estes lados.

Sou primo do Alfredo
Que casou com a Flora,
Não sou nenhum segredo,
Para a Rolanda agora.

Meu pai, que Deus levou
Era polícia em Braga,
Nove filhos cá deixou,
Os da Palmira morgada.

Assim somos conhecidos
Ao longo de nossas vidas,
Pais, filhos e primos,
Para si, mais estas rimas.

Meu objetivo é fazer,
Sua mente recuar
Para não envelhecer,
E a minha não parar.

A Flora que citei
Fazia parte do centro,
Hoje habita em Sydney,
Se lembra, do seu casamento?

Me parece, estão reformados,
Tanto meu primo como ela
Pelos trabalhos prestados,
Naquela longínqua terra.

Concluo com saudações
De quem gosta de escrever,
Falando aos corações,
Fazendo-os reconhecer.

O autor:
Bernardo Cerqueira.