domingo, 29 de agosto de 2010

.O convívio da Maria, deu-se com grande alegria.



Uma Ilustre companheira
Relembrando a amizade,
De uma turma pioneira,
Que nos fez matar saudades.

Foi num lugar aprazível
Situado em cambeses,
Um convívio inesquecível,
Típico dos portugueses.

Debaixo de uma ramada
Protegida por uma tenda,
Onde não faltava nada
Havia, uma mesa estupenda.

Não sendo só uma turma
Que ali se encontrava,
Sua família, era mais uma
Que a chama iluminava.

Naquela saudável frescura
Sobre a noite do Verão,
Perante tão linda moldura,
Ensaiava-se, a voz e canção.

Quero aqui felicitar
O colega da concertina ,
Que quando é hora de animar,
Está sempre em primeira linha.

E toda a família da Maria
Que tão bem nos acolheu,
Ao seu estimável pai, diria,
O mérito é todo seu.

Que ele se perpetue
Ao longo de toda a vida,
E que Deus nunca atenue,
Essa Bênção bem Divina .

A todos os conviventes
Neste bonito convívio,
Não menosprezando os ausentes,
Conservem sempre o equilíbrio.

De igualdade e fraternidade
Desta forma de pensar,
Mantendo sempre a amizade,
Que é rara de encontrar

O colega:
Bernardo Cerqueira

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

AS TAPINHAS DE SEVILHA.


O Braga foi a Sevilha
E as tapinhas comeu,
Foram uma maravilha,
Até um frango ofereceu.

Poucos eram os crentes
Em tão gordo resultado,
Venceu em todas as frentes,
Mostrou-se muito organizado.

Por muitos considerado
Um clube dos pequenos,
Que nem sempre é badalado,
Pelos orgãos de informaçao que temos.

É um Braga que os obriga
De suas gentes falar,
Porque aos ditos grandes da liga,
Resta-lhes ver jogar.

Não tenho clube adoptado
Sou adepto da verdade,
O que este Braga tem mostrado,
É empenho, respeito e vontade.

Me merece ser lembrado
Não só por ter ganho ao Sevilha,
Não pode passar ao lado,
Que é só o vice da liga.

Parabéns a toda a equipe
E à sua direcção,
À Paciência que os assiste,
Envio um aperto de mão.
O autor:
Bernardo Cerqueira

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

ACTOS IRREFLECTIDOS.


São factos consumados
Nem sempre refletidos,
Só depois de executados,
Nos apercebemos dos perigos.

Quando nos apercebemos,
Já nada há que fazer,
Logo nos arrependemos
De alguém fazer sofrer.

Isto de facto acontece!...
Se o bom senso existir,
Usando-o, ele agradece
E tentamos corrigir.

Mas as marcas continuam
E podem causar estragos,
Em pessoas que circulam,
Neste Mundo a nosso lado.

Quando o acto é profundo
O ferimento é maior,
Seria melhor para o Mundo
Reflectir, mais e melhor.

Há medidas que se tomam
Rotuladas por vingança,
Muitas das vezes transformam,
Uma vida de esperança.

Gerando a escuridão
Onde antes havia luz,
Sem saberem que o perdão,
É um acto de Jesus.

Parece nada conter
Esta pequena mensagem,
Pensando um pouco vai ver,
Que faz sentido e tem margem.

A vida é dada por Deus,
Ao homem compete reflectir
Nos actos que vão ser seus,
Para nunca ninguém ferir.

Se mal te tratarem
Trata-os com o bem,
Farás com que reparem,
E ajudarás alguém.
O autor:
Bernardo Cerqueira.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

MEMÓRIA DOS LAVADOUROS.


Em tamques, Rios e poças,
Se juntavam com frequência,
Lavadeiras, e jovens moças,
Onde os cohichos era presença.

Eram conversas de lavadouro,
Que para tal combinavam,
Mais parecia, a corrida ao ouro,
Com as trouxas que carregavam.

Dos vizinhos conversavam
Enquanto jovens curtiam,
Com namoros que arranjavam,
Quer nos tanques, quer em Rios.

Era o local preferido
Por muitas dessas lavadeiras,
E não menos pretendido,
Por amantes e companheiras.

Iam lavando os seus trapos
Naqueles sítios isolados,
Neles viam seus buracos,
Para não serem topados.

Por vezes ouviam-se cantar,
Acompanhadas ou sós,
Era um sinal alertar
Que havia lugar p`ra nós.

Eram os dois extremos,
De uma época de saudade,
Onde os cochichos não eram menos,
Com pessoas com mais idade.

Cochichando doutras gentes
Tanto de bem, como de mal,
Eram conversas correntes,
Que comparo com o estendal.

Mas também havia luta
Quando alguma se zangava,
Fazia-me lembrar a truta,
Quando o anzol pegava.

Pegavam os seus cabelos,
Uma, e outra puxava,
Medindo forças aos berros,
Enquanto alguém apartava.

Peripécias do passado
Que vale a pena recodar,
A quem ali tenha topado
Seu amor, para amar.
O autor:
Bernardo Cerqueira

sábado, 14 de agosto de 2010

MALTRATADO, POR MUITOS APRECIADO.


Gostosas e suculentas
Existem de várias cores,
Acompanham as ementas
Dependendo dos sabores.

Mesmo depois de pisadas
Não deixam de ser pretendidas,
Depois são engarrafadas
Antes de serem vendidas.

Dão-nos imensa alegria
Quando delas abusamos,
Nas tascas faz companhia
Aos petiscos que encontramos.

Retirado da videira,
Separado do seu cacho,
Pisado daquela maneira
Consegue-nos por borrachos.

Viajam pelo Mundo inteiro
Saciando muita gente,
Viciam o seu parceiro,
Aquecem-no num repente.

Prensado e maltratado,
Ainda acaba por ser levado
Ao fogo p`ra ser queimado,
Mesmo assim é requisitado.

Fica ainda mais forte,
Mata o bicho à gente
Que muito o aprecia no Norte,
Transformado em aguardente.

Além de ser consumida
Sendo como é resistente,
Adiciona-se a outras bebidas,
Assa chouriças p`ra gente.

Tem montes de serventia,
Teria muito que falar
Pela noite adentro entraria,
E teria que continuar.

É uma mais - valia
Dos produtos Nacionais,
Aquece-nos na época fria,
São produtos naturais.

O autor:
Bernardo Cerqueira.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

AOS HERÓICOS BOMBEIROS.


A esses grandes profissionais
Ao serviço da humanidade,
Em situações infernais,
Indispensáveis à Sociedade.

Que nem sempre são lembrados,
Quando a clamidade acontece
São eles os solicitados,
A combater essa peste.

Prontos a dar suas vidas
Em prol do bem Comum,
Combatem chamas assassinas,
Cujo objectivo é só um.

Defender o seu país
E a sua população,
São seres de grande cariz,

Lutam até à exaustão.

Muitos deles perdem a vida,
Logo aí são lembrados,
Passa o Verão é esquecida,
Com seus entes destroçados.

Tal como noutras Épocas
Propícias a outros acidentes,
Alertados pelas teclas,
Para combater outras frentes.

Inundações, desastres e doentes,
Tarefas cujo risco implica,
Eles estão em todas as frentes
Sempre que alguém os solicita.

Nem sempre tidos em conta
Por suas árduas tarefas,
Só quando a sirene ronca,
E os vêem saír à pressa.

Passam a ser notícia
Porque algo aconteceu,
Se alguma coisa reivindica,
Tudo se esmoreceu.

Quando toca a orçamentos
Para zelar pela Natureza,
Sempre há argumentos
E a mesma fica tesa.

Isto foi a notícia
Que o noticiário deu.
Quando vem uma chouriça
O porco desapareceu.

O autor:
Bernardo Cerqueira.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

GOVERNO TOMA MEDIDAS, POVO ENCOLHE BARRIGAS.


Hoje a Tasquinha das Rimas
Na política volta a entrar,
Focando essas medidas,
Que as barrigas faz mingar.

Quase tudo sempre a subir,
Os vencimentos a desçer,
Cereais a contribuir
Por causa de não chover.

O pão vai voltar aumentar,
Não um nem dois por cento,
O dinheiro começa a faltar
Para o resto do orçamento.

Cresçe o IRS,
Engorda mais o IVA,
Na folha o aumento desaparece,
Mais a barriga se priva.

Aumentam-se as portagens
Para não fugir à regra,
Lucros, parece não dar a margem
E o Zé é quem se esfrega.

Gasolina, sobem, sobem,
Os lucros dados são poucos,
Milhões de veículos se movem,
A crise deixa-os loucos.

Por vezes paro pra ver
Alguma coisa cair,
Só quando está a chover,
Aí, não podem intervir.

Se tal podesse ser
Até as plantas sofriam,
Os peixes iriam morrer
Porque os Rios desapareciam.

Falando sobre a Saúde
Dos portuguêses em geral,
Governos com esta atitude,
Pensam, comer demais até faz mal.

Procuram manter em linha
A elegância dos contribuintes,
Evitam a obsidade a quem tinha,
Nas compras dos anos seguintes.

À umas décadas atrás,
Razão tinha aquela canção
Cantada pelo Célebre rapaz,
Não era a do Sebastião!...

Era a canção dos vampiros,
Do eles comem tudo,
Hoje levamos os tiros
E tudo parece estar surdo.
O autor:
Bernardo Cerqueira.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

FUTURO INCERTO.


Tenho medo do futuro
Em relação aos mais novos,
Neste momento há um muro,
Cercando todos os Povos.

No acesso ao trabalho
Que é o pilar da Vida,
Gerou-se um enorme galho,
Que não matando faz ferida.

A quem muito se esforçou
Para os ver concluir,
Um final que sempre sonhou,
E ter de os ver partir.

Outrora, incentivados
Pelo seu próprio país,
A serem licenciados,
Abrindo cursos de raíz.

Sentem-se agora enganados
Sem terem colocação,
Se a têm são contratados,
Que futuro os esperam !...

Abrem-se alguns concursos
Destinados alguns deles,
Que não passam de discursos,
As vagas são só pra eles.

Felizmente ainda aparece
Países de acolhimento,
Culmatando esta peste,
Onde ainda há bom censo.

E se aproveitam valores
Por um país desperdiçados,
Onde só se faz favores,
A políticos e graduados.

E assim se vai vivendo
Neste bonito país,
Brinca-se com quem vai sofrendo,
Porque o Povo assim o quis.

Tirem as conclusões
Do que acabo de escrever,
Nas próximas eleições,
Ponderem quem eleger.
O autor:
Bernardo Cerqueira.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

AO ROMPER DO DIA.


Sobre o culminar da noite
Vejo o romper do dia,
Tomo o meu café com leite,
O campo é minha companhia.

Olho as plantas e sinto
Que tenho algo que fazer,
Dou uma volta ao recinto,
Cedo lhes dou de beber.

Isto em pleno Agosto
Com o Sol a querer romper,
Faço-o com muito gosto,
Sei que o dia vai aquecer.

Olho-as fixamente,
Parecem começar acordar,
Sendo plantas parecem gente
Que comigo quer falar.

Consigo ver ali vida,
Com as folhas a mexer,
Como que agradecidas
Por as tentar proteger.

Parece um conto de Fada
O que estou a contar,
Aparece o Sol, volto a casa
Com vontade de voltar.

E quando a noite aparece
Faço uma nova visita,
O pôr do Sol acontece,
A fruta, mais madura fica.

Antes de me retirar,
Porque sei o que passaram
Volto-as a refrescar,
As mesmas se declaram.

Como alguém que agradece
Quando se sente venerado,
Volto a fixar-me e acontece,
Que me sinto mais aliviado.

Com Noção de ter cumprido
Com a Vida que lhes dei,
Evito sempre que o perigo,
Cause danos ao que plantei.
O autor:
Bernardo Cerqueira.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

BENEFÍCIOS DO LIMOEIRO.


Existe um limoeiro
No meu jardim plantado,
Dá limões o ano inteiro,
Para os refrescos do Bernardo.

Traja sempre de verde,
Enfeita-se de amarelo,
Apaga-me sempre a sede,
Serve pra muito tempero.

Passo por ele e expiro
O saudável aroma que dá,
Serve-me quando lhe tiro,
Suas folhas para um chá.

Só por isto vale a pena
Ser tratado com carinho,
Quem é que se não lembra,
Ver sua casca num copinho.

Dá-nos resmas de benefícios
Que nem sabemos contar,
Tira a sujidade em sítios
Que outros deixam ficar.

Indispensável a composições
Na indústria para a alimentação,
Assim como em utilizações
Em champôs, por tradição.

Beneficios não lhe faltam
Como se pode verificar,
Tem poderes que nos encantam,
Fora os que tem por explorar.

Serve a alimentação,
Venera o ser humano,
É um ácido de eleição,
Me merece ser lembrado.
O autor:
Bernardo Cerqueira.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A MINHA ALDEIA.


Foste Lider noutros tempos,
Reunias muitas condições,
Eras notícia, tinhas argumentos
Geriam-te bons corações.
Um Benfeitor te fez cresçer,
Esquecida dos tempos que outrora,
Seus vizinhos fazia ver,
Inverteste até agora.
A tua Liderança estagnou,

Durante Décadas e Décadas,
Enquanto o sucesso galopou,

Registas-te muitas brechas.
Um dia te irás recompor,
Ínverterás outra vez
Livrar-te às desta dor,
Honrarás seu nome talvez.
E voltarás a ser Lider,

Brilharás como os demais,
Recuperando alguém sensível,
A estes casos fatais.
Gostaria de te ver
A prosperar como tais.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

FILHOS DE NINGUÉM.


Tristes, mal alimentados
Pelas cidades vagueiam,
Orfãos e abandonados,
Da Vida nada receiam.

Sempre procuram algo
Para poderem sobreviver,
Com a esperança de serem salvos
Ou alguém os socorrer.

São jovens adolescentes
Vitimas do Mundo incauto,
De governos incompetentes,
Dormem em qualquer canto.

Por muitos são conhecidos
Que nada procuram fazer,
Acabam por ser Mendigos,
Deixam de ter prazer.

Escravos de oportunistas,
Servidores de viciantes,
Que seguem suas pistas
E lhes oferecem umas sandes.

Sem rumo, sem destino,
Sem hora de refeição,
Perdem a noção do perigo
Vivendo na solidão.

Que esperam estes jovens,
Da Vida para herdar,
Cedo se julgam homens
E começam a sonhar.

Sonhos que todos temos
E nos propomos alcançar,
Se oportunidade tivermos,
E a Vida nos deixar.

Mas quando tal acontece,
Somos filhos de alguém,
Feliz aquele que cresçe
Junto de quem lhe quer bem.

É a escola da vida
Que acaba por triunfar,
E quem dela se priva,
Jamais poderá sonhar.