quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Mais, Do Mesmo.


Vencimentos congelados
Tudo sempre aumentar,
Jovens e reformados
Já se estão a interrogar.

Já não faço por vontade
Muita coisa que fazia,
Agora é com saudade
Que as recordo dia a dia.

Que futuro se espera
Num país endividado,
Dispondo de tudo que era
Mais rentável ao estado.

Já não sinto alegria
Que sentia antigamente,
Mas lembro, alguém dizia,
Que a politica mata gente.

Jovens sem trabalho
Tentam sobreviver,
Procurando agasalho
Junto quem os viu nascer.

É triste neste momento
Dizer, não sou capaz
E de vir ao pensamento,
Que a política é voraz.

Com tantos sacrifícios
Impostos aos mesmos,
Esgotam-se os orifícios
Com os quais sobrevivemos.

Lembro tempos de rapaz
Que ouvia meus avós,
Governos, faz e desfaz,
E tudo levam de nós.

Começa o pão a faltar
Devido aos congelamentos,
Tentam nos crucificar,
Agora com novos aumentos.

Sem pregos, mas com taxas
Visando nossa saúde,
Apressam-nos as caixas
Para a cerimónia fúnebre.

Lanço a minha voz
Pedindo a salvação,
A política é tão atroz,
Não nos dá consolação.

Parece o golpe final
Pondo fim a uma classe,
Vedando-lhes o hospital
Como de luxo se trata-se.

Roubam os subsídios,
Congelam os aumentos,
Provocam desequilíbrios
Afastam investimentos.

Se isto é governar
Antes uma ditadura,
Nem no tempo de Salazar
Havia tanta amargura.

Bate – bate coração
Enquanto puderes bater,
Só tu me dás ilusão
E força para viver.

Abril já se evaporou
Em nuvens de fumo negro,
Tenho pena de quem votou,
Na bosta deste governo.

Mesmo que ande a sofrer
Desejo ver a luz do dia,
Até quando Deus quiser
Libertar minha agonia.

A única coisa que faz
É só anunciar cortes,
Sem ver o mal que trás
Nesses cruéis pacotes.

Hoje estão arrependidos
Por neles terem votado,
Um dia serão vencidos
Por os terem enganado.

Rezem uma Avé - Maria
Para estes actos acabar,
E leiam esta poesia!
Não vale a pena chorar.

O autor:
Bernardo Cerqueira.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Olhando o Mar, Desde o Pirâmide.





Quando olho para o mar
Sinto a força da Natureza,
A tentar comunicar,
Com muito freguês e freguesa.

Entre rochas escavadas
Pela força das marés
E areias niveladas,
Deslizando a nossos pés.

Com ondas que culminam
Enrolando-se na areia,
Convidando que se decidam,
Antes da maré cheia.

Existe um Sol abrasador
Bronzeando a nossa pele,
Mesmo com o protector
Nos convida ir até ele.

São as férias de verão,
Para quem gosta do mar
E de meditação,
Ouvindo gaivotas cantar.

Entre Porto – Novo e o Grove
Na sua margem esquerda,
O Hotel Pirâmide acolhe,
Muita gente portuguesa.

Situado na Galiza,
Rodeado por sua beleza
Louvo quem organiza,
E criou tão linda surpresa.

Que não nos faz esquecer
A gentileza de seus empregados,
Os seus menus a saber,
Me merecem ser lembrados.

É um lugar predilecto
Para umas férias passar,
Entre rochas e céu aberto
E um mar a convidar.

Falo das Peixarinhas
Uma pequena, grande praia,
Com muitas outras vizinhas,
Para quem gostar doutra raia.

Gostei ter usufruído
Este local que conheci,
Estou mesmo agradecido
Pelo afecto que senti.

Isto não é propaganda!..
É uma forma de dialogar,
De quem há muitos anos anda,
Por ali a meditar.

O autor:
Bernardo Cerqueira.

A Falta do Adubo.



O cortar está na moda
Porque se deixou crescer,
Agora fazem a poda
Aconteça o que acontecer.

Criaram vícios nas plantas
Adubando-as demais,
Alguns encheram as panças
Com empréstimos colossais.

Agora à que cortar
Atingindo tais plantas,
Sem adubo para dar,
Á que tratar das finanças.

Medidas e mais medidas
Agora estão a tomar,
Para não agravar feridas,
Que podem vir a sangrar.

É tempo de pagar o adubo
Que tinha sido emprestado,
Mas no meio disto tudo
O povo é o visado.

O pior está para vir
Com as plantas a secar,
Tais - cortes - poderão servir,
Para o comércio aniquilar.

Por causa de ervas daninhas
Criadas em alguns países,
Temos agora doninhas,
Sugando-nos até às raízes.

Nos tempos em que vivemos,
Sem adubo para dar
Se o não recebermos,
Muita quinta vai fechar.

A dúvida paira no ar…
Que vai fazer um país
Com o desemprego aumentar,
E muita família infeliz.

Outrora havia gado
Que nos davam excrementos,
Puxavam pelo arado
Produziam-se alimentos.

O adubo não abundava
Nem dele se ouvia falar,
Nem combustível se gastava,
Não iremos lá voltar?

Tal - adubo não é tudo,
Assim como o emprestar
Acabem com isso tudo,
Vão p´rá terra trabalhar.

O autor:
Bernardo Cerqueira.

domingo, 26 de junho de 2011

Cem Títulos Da Tasquinha.





É o centésimo título
Editado por um rapaz,
Que se tornou discípulo
Da rima à um ano atrás.

Quando a escola frequentava
Após se ter aposentado,
Fazia do tempo que restava
Diálogos quadra a quadra.

Dando origem á tasquinha
Das rimas como lhe chama,
Não sendo só historinhas,
Tem facetas que ele passava.

Daí possuir um valor
Dígno de se transmitir,
Por iníciativa do autor
Que gosta de contribuir.

Para alguém poder passar
Uns curtos momentos a ler,
E dessa forma tentar
Outras coisas esquecer.

Há momentos em que alguém,
Procura espaços p´ra refletir
Sobre factos que a vida tem,
Eis, a forma de contribuir.

Com um pouco desta tinta
Da esferográfica que escrevo,
E, para que esse alguém sinta
Que a vida não é um enredo.

Não sendo nenhum doutor
Com palavras refinadas,
Tento passar p´ró leitor
Estas frases simplificadas.

Por vezes, uma simples palavra
Pode vir a ser a luz,
Como uma auto-estrada
Que mais rápido nos conduz.

A ultrapassar dificuldades
Que poderão ser encontradas,
Em certas localidades
Pondo em risco vidas humanas.

Sinto-me um rapaz feliz
Em poder aqui chegar,
Por tudo aquilo que fiz
E, cem títulos editar.

Tenho orgulho na tasquinha
E das pingas que ela deu,
Cem é uma linda continha,
Espero, ser aniversário meu.

O autor:
Bernardo Cerqueira.

sábado, 18 de junho de 2011

Milagres da Sardinha.






A sardinha faz milagres
Bem assada e regadinha
Com bom vinho, com vontades
De a comermos bem fresquinha.

É um petisco apreciado
Por muitos no são João,
Com a tal pinga ao lado
A ver subir o balão.

Vivinha da nossa costa
É o pregão, com certeza
P´ra quem come e p´ra quem gosta
Não há como a portuguesa.

É a época mais lembrada
P´ra cheirar o manjerico,
Além da sardinha assada
Não falta lá o cabrito.

No Verão é saborosa
Desde manhã ao Sol -posto,
Fica mais apetitosa
Entre Junho e Agosto.

Como manda a tradição
Na zona de comes e bebes,
Onde muitos se refugiam
E se tornam mais alegres.

Tem o condão de agrupar
Amigos e foliões,
Quer à mesa ou a bailar
Em francas animações.

Pondo a crise de lado
O amanhã é outro dia,
Quando bem acompanhado
Mais apetite nos-cria.

Uma boa sardinhada
Torna a gente mais alegre
Não se pensa em mais nada
Nem na crise que nos persegue.

Para comer a sardinha
Antes de arrefecer,
Aparta-se a escama fina
Para nos satisfazer.

É tempo de diversão
E das marchas populares,
Do São Pedro e São João
Lá p´ra longe vão os azares.

Finda a romaria
Cumpre-se a tradição,
Come-se até ser dia
E com ele se deitam.

Alguns dos romeiros
Que ali vão petíscar,
Dormem dias inteiros
Para recuperar.

O co - autor:
Bernardo Cerqueira

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O Tempo Consome a Vida.




Como passa o tempo
Que nos consome a vida,
Tendo em conta o momento,
Quando nos cativa.

Para os belos momentos
Que nos proporciona,
Com alguns acontecimentos,
E nos transforma.

E sem darmo-nos conta,
Tarde nos apercebemos
Que o passado é montra,
Onde nos revemos.

Aproveite o presente,
O amanhã é outro dia
Que irá ser diferente,
Pode ser, que nem sorria.

E quando nos apercebemos
O mesmo já passou,
Perante o espelho,vemos,
O quanto nos transformou.

Aproveitar as oportunidades
É dar oportunidade a alguém,
É o concretizar vontades,
Que com o tempo, vão e vem.

A vida passa
O tempo fica,
Deixamos a raça,
Que nos identífica.

Felizes daqueles
Com belos momentos,
Transformados por eles,
Em seus belos tempos.

Aqui da tasquinha
Brindo a rimar,
Mais uma gotinha
Para vos lembrar.

Que o tempo consome
Minuto a minuto,
A vida a quem dorme,
Não sendo astuto.

Manter-se acordado
É estar sempre alerta,
Ter muito cuidado,
Agir na hora certa.

Não tirem dilações
Erradas do que escrevo,
Falo, de ocasiões
Em o gozar, quando devo.


O autor:
Bernardo Cerqueira.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Tempo De Reflexão.



É tempo de reflectir
Para se votar ou não,
Põr Portugal a sorrir,
Para não estender a mão.

Confesso que estou cansado
Em ver sempre o mesmo vira,
Embora não sendo culpado,
Sinto o vírus dessa ira.

Limito-me a ser fiel
Ao que o povo determina,
Como eles sinto na pel,
Os efeitos de tal doutrina.

Não há como ter fé !...
E voltar acreditar,
Está visto, que com José
Tudo tende a piorar.

Junho vai ser o mês D.
Se o povo assim quiser,
Sinto algo, não sei porquê !...
Mas o vira vai se manter.

Será que virá um dia
Que iremos ter o prazer,
De ver nossa economia,
Sem de outros depender?

Com terras ao abandono
Importando o que se come,
Não tarda teremos dono,
Como cachorro que dorme.

Temos sido avaliados
Com os deveres europeus,
E com direitos olvidados,
Comparam-nos com Pigmeus.

O Povo vai ter a faca
E o queijo p´ra decidir !...
Continuar na desgraça,
Ou poder voltar a sorrir.

Mudem-se as caras !...
Mudem-se as opiniões,
Votem sem amarras,
Há outras soluções.

Não há porque ter receio,
Mudar de ares é saudável,
À que sair deste meio
Para um mais agradável.

Para a classe trabalhadora,
Que já está cansada
Há outra sígla tentadora,
Que tem sido desprezada.


O autor:
Bernardo Cerqueira.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

O Feito Dos Guerreiros.


Foi uma luta desigual
Tendo em conta valores,
Que mostraram na final,
Ser ótimos executores.

Aplidados de guerreiros
Que mereciam o duelo,
Aqueles grandes obreiros,
Por sua época, e seu esmero.

Náo deixam de ser heróis
Pelo resultado obtido,
Por isso digo que sois,
Dignos de tal brilho.

Ficará para a história
Este glorioso feito,
Que passa a ter memória,
Numa final de respeito.

De um Braga interventivo
Frente a uma grande equipe,
Com um remate defendido,
Se entra, mudava o despique.

Com este segundo lugar,
Almejado por muitos clubes
Me apraz felicitar,
Suas grandes atitudes.

O ter chegado aqui,
Em si foi uma glória
Que por aquilo que vi,
Bem mereciam a vitória.

Embora sendo minhoto
Não amante do futebol,
Que me perdoem os do Porto,
Mas o Braga merecia o sol.

Não quero dizer com isto
Que o Porto não mereceu,
Pelo contrário registo,
Que este nunca perdeu.

Para o campeonato Nacional
Que já está no seu bornel,
E tem a taça de Portugal,
Que vai ser mais um farnel.

Parabéns a seus jogadores
Pelos exitos obtidos,
Presidente e treinador,
Pelos desafios vencidos.

Passo a concluir,
Desejando aos guerreiros
Que continuem a servir,
E não se sintam prisioneiros.

Parabéns, por vossos feitos.

O autor:
Bernardo Cerqueira.

sábado, 30 de abril de 2011

Tudo Era Previsível.



O inevitável aconteceu
Por incompetência política,
Num país que adormeceu
E vive, uma situação crítica.

Tudo era previsível
Na forma de governar,
Seria mesmo impossível,
Assim se continuar.

Foram décadas perdidas
Com políticas falhadas,
De alternãncias escolhidas,
Por pessoas enganadas.

Agora os resultados
Bem presentes no país,
Provam a esses falhados,
Que o mal vem da raíz.

De um Estado esbanjador
Com o FMI á perna,
Ditando a seu favor,
Como solucionar o problema.

Para bem da população
Temos eleições á porta,
Aproveitem a lição,
Não façam da letra morta.

O pior está p´ra vir
Até nos desempenhar,
As medidas vão surgir,
E os cortes continuar.

Que cortem nas mordomias,
Nos vencimentos exorbitantes,
No escandalo de parcerias,
E fiscalizem as restantes.

Quanto ao FMI,
Veremos como vai ser
Eles vieram até aqui,
Para nos emagrecer.

Ao povo eu sugeria,
Não se deixem embalar
O voto é arma que cria,
E muita coisa faz mudar.

A alternãncia existe,
Apenas basta votar
Por quem ainda resiste,
E tenta algo mudar.

O país tem condições
De continuar com saúde,
Sem políticos aldrabões,
Para bem da juventude.

O autor:
Bernardo Cerqueira.

terça-feira, 29 de março de 2011

Mais Uma Taçinha Da Minha Tasquinha.




Mais uma taçinha
E venha o FMI,
Estamos á rasquinha,
Haja quem mande daí.

Basta de medidas
Sem resultados á vista,
Existem já muitas feridas
Sem discurso de conquista.

Os pobres estão espremidos
Não têm sumo para retirar,
Mal chega para seus filhos,
Já não há onde cortar.

Estamos a ser empenhados
Sem olhar a condições,
Com juros disparatados
Originados pelos leilões.

Como já tenho dito,
O Mundo não é o que era,
Vejo um povo aflito
Neste início de Primavera.

Começo a sentir saudade
De ver uma nuvem branca,
Que afaste a nebulosidade,
Que surge como uma tranca.

Na porta de uma classe
Que nada fez para merecer,
Esta política de impasse,
Que nos continua a prender.

Numa teia de sacrifícios
Que vieram para ficar,
Onde estão os benefícios!..
Dos de sempre a governar.

Já lá vão, trinta e sete anos
De promessas eleitorais,
Hoje todos estamos,
Na corda bamba dos jornais.

Programas e mais programas,
Sem o mínimo de credibilidade
Enquanto outros fazem camas,
Para sua prosperidade.

Se Democracia é desemprego
E os cofres esvaziar,
É preciso não ter medo,
E da verdade falar.

Agora vou concluir
Bebendo mais uma taçinha,
E quando o FMI surgir,
Volto à minha tasquinha.

O autor:
Bernardo Cerqueira.

terça-feira, 15 de março de 2011

Uma Tragédia da Natureza.


Onde está a mão de Deus !
Que deixa que tal aconteça,
A milhares de filhos seus,
Numa tragédia como esta.

Passo horas e horas olhando
Com tristeza para as imagens,
Que a natureza de vez em quando,
Surpreende sem deixar margens.

Destruindo assim as vidas
Desta forma violenta,
Pregando estas partidas,
Alheia a qualquer indiferença.

Inundando cidades inteiras
Levando todos os seus haveres,
Vidas, casas, carros e traineiras,
Enlutando muitos seres.

Incrédulos os sobreviventes,
Sem nada poderem fazer
Limitam-se chorar suas gentes,
Ao verem as desaparecer.

Numa Natureza revoltada,
Ao agir desta maneira
Sem dar hipótese de nada,
Entristece a civilização inteira.

Uno-me a este povo
Nesta hora de tristeza,
A Deus por todos eu rogo,
Que lhes dê muita firmeza.

Para suportarem esta dor
E refazerem suas vidas,
Amparando-as com amor,
E acolha as desaparecidas.

As minhas condolências
A essa grande Nação,
Com tão Nobres referências
E a toda a população.

Em especial, aos atingidos
Que perderam os seus laços,
E se sentem constrangidos,
Com seu coração aos pedaços.

Ciente estou que este povo
De enormes tradições,
Se levantará de novo,
Dando-nos grandes lições.

Mais uma vez a Deus rogo
Que estenda suas mãos,
E conforte este Nobre povo,
Que também são meus irmãos.


O autor:
Bernardo Cerqueira.

domingo, 13 de março de 2011

O Povo Saíu á Rua.


O povo saíu p`rá rua
Reivindicando emprego,
A um governo que não atua ,
E começa a meter medo.

É a fúria de uma juventude
Que sente na pel os efeitos,
Com tamanha magnitude,
E reclamam seus direitos.

Sentem-se ignorados
Pelo seu próprio país,
São os nossos licenciados
À rasca como se diz.

Sem prespectivas de vida
Chegou a hora de dizer basta,
Exigindo a partida,
De um governo que é uma farsa.

Não haverá quem entenda
Que estes jovens, como os demais,
Seus pais são quem os sustenta,
Além dos cortes salariais.

O descontentamento é geral,
Pais, filhos e avós,
Todos sentem o mal,
De um governo de totós.

Que só endividam Portugal
E quem paga somos nós,
É uma política estatal,
Que pensa silenciar nossa voz.

O povo não aceita
Ser escravo do governo,
A juventude rejeita,
Esse vírus estafermo.

Mas é preciso pensar
Se os responsáveis estão,
Com esta forma de atuar
Saír pela porta em vão.

Poderá ser um pretexto
Para pôr fim á meada,
E não haver outro jeito,
Onde já não existe nada.

A não ser as dívidas
Que teremos para pagar,
Pregaram - nos essas partidas,
E não se vão responsabilizar.

Este, foi o primeiro grito
De um povo golpeado,
Que se tem visto aflito,
Espero, tenham reparado.


O autor:
Benardo Cerqueira.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Sonhos Frustrados.


Deram parte de sua vida
Por aquilo que sonharam,
Tendo como ponto de partida,
Uma formação que abraçaram.

Sentem-se agora frustrados,
Depois de muitos sacrifícios
Com estágios combinados,
Sem prespectivas de benefícios.

Entre uma luta desenfreada
Para obter uma colocação,
Uma juventude explorada,
Por instituições e Nação.

Intituições que promovem
Aliciações promissórias,
Com cursos a esses jovens
Que não passam de histórias.

Numa Nação que pactua,
Ao autorizar tais situações,
Findo os cursos estão na rua
Sem hipótese de colocações.

Que futuro os espera
Neste país laboral,
Consumidos pelo que era
Um sonho, lindo e natural.

Não posso ficar incólume,
A esta injustiça social
Que tem servido de tapume,
Só p`rá arranjos de capital.

De algumas instituições
Com propinas exorbitantes,
Relacionadas com patrões
Só p´ra enganar os estudantes.

Que patrocinados por seus pais,
Para aquilo que sonharam,
Fitam seus olhos nos jornais
Para os anúncios que editaram.

Tentando ir ao encontro
Daquilo que deveria ser,
O sonho de um jovem pronto,
Pôr seu talento a render.

O contrário do que acontece
Neste momento atual,
Tal sonho desvanece,
Por um desleixo Nacional.

Deram parte de suas vidas
Preparando seu destino,
Sem terem contrapartidas,
Só lhes resta um caminho.

Lutar para sobreviver,
Procurando uma solução,
Seria justo obter
Um subsídio da Nação.


O autor:
Bernardo Cerqueira.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Sozinhos, Entre Paredes.

Começam a dar sinais
Estes casos solitários,
De pessoas que jamais,
Imaginavam tais cenários.

Com o avançar da idade,
Por diversos fatores da vida
Perdem seus laços de amizade,
Sozinhos aguardam partida.

"Abandonadas" pelas raízes
Que elas próprios criaram,
Sentem-se agora infelizes
Sem saber onde erraram.

Assim acabam seus dias
Fechadas por própria mão,
São levadas p´ra autópsias,
Mas essa não é solução.

Sós, tristes e desamparadas,
Assim deixam de sofrer
Por vezes são encontradas,
Anos depois de morrer.

É uma realidade dura
Difícil de digerir,
Onde persiste amargura
Que todos devemos banir.

Aos sistemas governamentais
Compete refletir,
Porque irão surgir mais,
Se os mesmos não intervir.

Com reformas diminutas
Que mal dão p`ra comer,
Evitam até as consultas,
P`ra sua saúde proteger.

Além de abandonadas
E de ficarem sós,
Sentem-se desprezadas,
Por serem mais "velhas" que nós.

Assim se vai deparando
Por vezes entre paredes,
Nas notícias de vez em quando,
O fim de alguns portuguêses.

Não queria citar a Nação,
Mas acho que o devo fazer
P`ra ver se alguém deita mão,
Ao que não deve pervalecer.

Assistência é um direito
Como o direito á vida,
O fim, deve ter o respeito,
Dessa hora de partida.


O autor:
Bernardo Cerqueira

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Quando Os Cravos Murcham.


Começam a descolorir
Com suas pétalas caídas,
Quando deviam florir,
Em lapélas conhecidas.

O povo vinha p`rá rua
Com eles junto ao coração,
Saía de uma ditadura,
Com rumo à Democratização.

De um país amordaçado
Por um regime autoritário,
Parece ser ígnorado,
Esse feito extraordinário.

Quanto tempo levará
Para colorir os mesmos!...
Parecem já não estar cá,
Era bom que nos lembremos.

Daquela velha canção
Do, ao tempo volta p`ra trás
Trás-me o cravo á mão,
Porque sei que és capaz.

E tem pena de mim
Porque me estão a cortar,
A continuar assim,
Não sei onde irás parar.

A moda agora é tirar
Aos pobres e dar aos ricos,
O melhor é convocar,
O Robim p´rós aflitos.

Esta é uma triste canção
Que vos estou a contar,
Sobre a política da Nação,
Cujo tema é, cortar e empenhar.

Cortar nos vencimentos,
Empenhar o país,
Congelar os aumentos
Fazendo um povo infeliz.

Começa o sistema a deixar
De fazer algum sentido,
Num país à beira mar,
Não tarda, tem tudo vendido.

Fazem de nós mexilhões
Agarrados a uma rocha,
Expostos aos tubarões,
Que vivem na nossa costa.

Um dia, virá a maré
Que nos irá libertar,
É preciso, é ter Fé
Para os cravos arrebitar.


O autor:
Bernardo Cerqueira.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O Grito De Uma Nação.


Com bandeiras acenando
E de cartazes na mão,
O Povo grita reivindicando
Sua justiça à Nação.

É o despertar do Mundo
Que se sente a naufragar,
Procurando saír do fundo
E possa assim respirar.

Ancorados pelos sistemas
Existentes naquele mar,
Procuram vencer esquemas
Que os anda a sufocar.

É um mar de gente sereno
Que se poderá encrespar,
Mas o que mais mete medo,
É o que pode originar.

Tal como as marés
Quando o mar se revolta,
As ondas batem nos pés
E muita gente não gosta.

Seria bom que o bom senso
De quem dirige tal Nação,
Perante aquele mar imenso
Evitasse um furacão.

Começam haver sinais
De confrontos entre o povo,
Que poderão ser fatais,
Se não houver governo novo.

E seja mais sensível
Àquela causa comum,
Tornando-se mais credível,
Pois seu desejo é só um.

Viver com dignidade,
Manter em pé seu país,
Haver mais solidariedade,
Poder ser mais feliz.

Prevejo um final feliz
Para tal tempestade,
Se quem dirige o país
Ponderar com dignidade.

E dessa forma evitar
Um enorme mar de sangue,
Basta-lhe só deixar,
O Povo escolher quem mande.

Estou convicto que chegará
Esse momento reclamado,
E a maré acalmará
Sem mais sangue derramado.


O autor:
Bernardo Cerqueira.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Benefícios Do Tratamento.


É um fruto apetecido
E muito utilizado,
Conserva-se o sumo extraído,
Encontra-se em todo o lado.

Há-os de várias cores
E diferentes qualidades,
São frutos portadores
De sumos p´ra especialidades.

Em compotas e sobremesas,
Bolos e belas tartes,
Veêm-se muito às mesas
Transformados em belas artes.

Dão-nos os seus sabores
Para aromar o yogurte,
Em fábricas são transformadores,
Dos sumos que se percute.

Como já se apercebeu
Do fruto que menciono
E da fruteira que o deu,
Como tributo a seu dono.

Está "claro"que falo
Do conhecido pessegueiro,
Seus frutos são um regalo
Para qualquer pasteleiro.

É uma fruteira sensível
Que a Lepra sempre ataca,
Com resultado imprevisível,
Se seu dono não o trata.

A doença que falei
É comum a todos eles,
Quando tratada eu sei
O reconhecimento deles.

A folha afetada cai
Com a lepra que o atacou,
De seus ramos nova sai,
Porque o tratamento o curou.

E como que agradecido
Não deixa de compensar,
Com o fruto amadurecido
Para se comer, ou transformar.



O autor:
Bernardo Cerqueira.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A Essência De Um Povo.


Trabalhador e tolerante,
Aventureiro e inteligente
Cívicamente importante,
Para bem de muita gente.

Adaptável ao sofrimento,
Pensa antes de agir
Contorna o mau momento,
Evita sempre o destruir.

Nem sempre tido em conta
Por quem dirige seus destinos,
Tal Essência se encontra,
Num país dos pequeninos.

É um povo acolhedor
Que acolhe o seu semelhante,
Sempre deu o seu suor,
Para que o país fosse avante.

Crentes na sua Fé,
Acreditam em milagres
O Mundo hoje não é,
Dono de algumas verdades.

Espalhados pelo Mundo,
Sempre vincam suas marcas
Desse seu valor profundo,
Onde deixam suas raças.

É um exímio pensador,
Pensa antes de agir
Opta pelo melhor,
Gosta de intervir.

Esta é uma mais-valia
Que este Nobre povo tem,
Que nem sempre se avalia,
Pelos governos que elegem.

E assim se vai passando
De geração em geração,
Há quem se vá governando
Usufruindo da situação.

Cientes do seu valor
Conservam a sua Essência,
Chega-lhes ser sonhador
E ganhar p´rá sobrevivência.

Afinal este Mundo
Não é pertença de ninguém,
O saber emegir do fundo
É uma qualidade também.

Deixo aos meus leitores
O porquê destas questões,
Os actos de alguns Senhores,
Perante estas situações.


O autor:
Bernardo Cerqueira.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O Que Se Não Deve Subestimar.


Foi uma bonita festa
Por todos nós curtida,
Com a perícia da Mestra
Que ensinou a comitiva.

Seguiu-se com o convívio
Entre todos os finalistas,
O local estava um fascinio,
Que atraía nossas vistas.

Um a um eram chamados
P´ra receber seu diploma,
Dos cursos finalizados,
Um gesto que nos transforma.

Em sorrisos de alegria
E umas salvas de palmas,
São momentos que diria,
Dão mais vida a nossas almas.

A todos os intervenientes
Desejos de muitos sucessos,
À Instituição e docentes,
Congratulo-me com vossos gestos.

Quero daqui saudar
Todos os finalistas,
E aos mesmos desejar
Saúde, amor e conquistas.

Saúde em 1º lugar,
Conquistas no Mundo laboral,
Amor para completar
Esse trio essencial.

Para a vida Comum humana
Que se pronúncia ardorosa,
Espero-seja ultrapassada,
E continue gostosa.

A meus colegas de turma,
Presentes e ausentes
Minha palavra é só uma,
Fostes todos excelentes.

A todos os profissionais,
Responsáveis e Instituição,
Foram lições que já-mais,
Nossas mentes libertarão.

Agora vou concluir
Desejando desta vez,
Que 2011 faça sorrir,
A face a muito português.


O autor:
Bernardo Cerqueira.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Memórias De Um Ex - Aluno.


Era muito pequena
Quando se iniciou,
Poucos mais da dezena
Nela se matriculou.

Ainda era muito jovem
Quando a conheci,
Criada por um homem
Que ainda anda por aí.

Por muitos foi usada
Aprendendo o que ela dava,
Do seu nome se falava
Por quantos a frequentava.

Mas como era pequena
Poucos alunos comportava,
Eram já mais da dezena
Que por sua porta entrava.

Os anos iam passando
Cada vez mais procurada,
Seus progenitores alugavam
Casa mais apropriada.

Situou-se na mesma rua
E na mesma freguesia
Hoje, é a minha e tua,
Naquele tempo quem diria.

Passou momentos atribulados,
Causou atritos e disputas,
Houve vencedores e derrotados
Mas não teve que haver lutas.

Ainda bem para a pequena
Que começou a ser adulta,
Tendo saído dum sistema,
Que não amadurecia a fruta.

Passo a passo se transformou
Numa Donzela apetecida,
Com trajes que a marcou,
Hoje muito concorrida.

Agora com filhos e netos
É um espelho na freguesia,
Sustento de muitos tetos
Que lá laboram todo o dia.

É parte da história real
Não longe da verdade,
Que continua com pedal
Para bem da comunidade.

Estas são as memórias
De um símples frequentador,
Que gosta de escrever histórias
E passar para o leitor.


O autor:
Bernardo Cerqueira.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Disciplinas Para a Vida.


Existe na minha terra
Uma escola a ensinar,
Olhando àquilo que era
A todos nos faz orgulhar.

Há pessoas mais idosas
Que ali vão para aprender,
Algumas lições novas
Para nunca as esquecer.

Disciplinas p´rá vida
Que todos devemos ter,
Àquele que nos ensina
Que também lhe dê prazer.

Tem a aula de Cidadania
Com reportagens p´ra ver,
O que muito nos auxilia,
E nos faz compreender.

A liguagem e comunicação
Também nos vem recordar,
Como as palavras que são
Difíceis de aplicar.

Tecnologia e informática,
Computadores em ação
Hoje, sem esta prática
Seria uma confusão.

Sem esquecer a matmática
Tão eessencial p´rá vida,
Aqui está mais uma prática,
Que hoje ninguém se priva.

Tal como o Inglês
Idioma indispensável,
Para qualquer português,
Sem dúvida muito agradável.

Também é com agrado
Que dou as minhas saudações,
À turma por ter terminado
Estas necessárias lições.

Por agora vou concluir
Este diálogo aberto,
Onde acabo de exprimir
O que considero certo.


O autor:
Bernardo Cerqueira.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

A Estrela de Jesus.


Eram três os Reis Magos
Que queriam ver Jesus,
Perdidos desorientados,
No Céu apareceu uma luz.

Belchior, Baltazar e Gaspar,
Seguiram essa luz,
Era uma estrela anúnciar
O caminho de Jesus.

O local onde se encontrava
Era um estábulo muito pobre,
Onde José e Maria guardava,
Aquela Benção enorme.

Os três Reis Magos chegaram,
Ofereceram os seus presentes,
Logo em seguida oraram
Junto com outras gentes.

Belchior mirra ofereceu
Porque era Rei também,
Tal como os outros deu,
Símbolo da riqueza que tem.

Também pastores seguiram
O rasto daquela estrela,
E seus haveres serviram
Para os presentes que deram.

Leite e queijo levaram,
Pão e um cordeirinho,
E todos juntos oraram
Àquele lindo Menino.

Depois de terem orado
Pastores e Reis partiram,
Pelas aldeias anúnciavam
A maravilha que viram.

Aquele que tinha nascido
Era o Salvador do Mundo,
Tendo por nós sofrido
Com sentido e amor profundo.

Jesus dá-nos o amor,
Nós devemos ensinar amar,
Jesus dá-nos o calor
Nós o devemos partilhar.

Aos 33 anos, condenado
À morte pelo seu povo,
Com cravos crussificado,
Como sendo um criminoso.

Em seus pés e mãos cravaram
Cravos com 15 centimetros,
Em sua cabeça aplicaram
Uma coroa de espinhos.

Uma lança foi usada
Para seu peito ferir,
Seu corpo o sangue jorrava,
Antes de sucumbir.

Três horas de sofrimento
Crussificado na cruz,
Perdoou no último momento
Pedindo a seu pai Jesus.

Vamos todos reunidos
Pedir ao nosso Jesus,
Como os Reis perdidos,
Que nos deixe ver a luz.



O autor:
Bernardo Cerqueira.