terça-feira, 30 de novembro de 2010

A Origem da Tasquinha.




Foi criada para a rima
Quando andei a estudar,
Numa disciplina que tinha
Onde acabei por a criar.

A escola foi a madrinha
Que sempre irei lembrar,
E o formador que tinha,
O padrinho em a batizar.

Agora que acabei
Os estudos que fui fazer,
Por ela me enamorei,
Estando sempre a escrever.

Porquê ainda não sei !..
Mas um dia irei saber,
Porque razão eu fiquei
Com uma tasca p´ra manter.

Com o nome que lhe dei
Em mim fez despertar,
Uma coisa que sempre gostei,
Ter sempre algo para dar.

Por isso, manter-lha-ei
Enquanto não arrefecer,
E com ela viverei
Se minha veia não morrer.

Há uns tempos que deixei
Do seu nome falar,
Mas ela sabe como eu sei,
Onde temos que rimar.

Rimamos contra o injusto
Falando das verdades,
De quem não professa o justo,
A favor das sociedades.

É para isso que existimos,
Dando rimas p´ra beber
E no final sentirmos,
Cumprido o nosso dever.

Saber que damos a alguém
Que nada possa fazer,
Acamados, idosos, aqui ou além,
Algo "para se entreter".

O autor:
Bernardo Cerqueira.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A Necessidade Dos Submarinos.




Um país tão pequenino
E com tantos problemas,
Milhões para submarinos,
Mais uma das muitas cenas.

Apenas com dez milhões
Que é a sua população,
Não fossem as instituições,
Muitos, não sobreviviam.

Cerca de 20% da mesma,
Que representam 2 milhões
Por causa de tanta cena,
Veêm-se nessas situações.

Ao governo bastaria
Apenas com 10 milhões,
A cada, 1 milhão daria
Para bem das populações.

Seria um bonito gesto
Para com um povo sofrido,
Sem pôr em causa todo o resto
E mostrar-se arrependido.

Afinal 10 milhões
São uma gota no Oceano,
E iriam dar condições
A um povo enganado.

Só se dá p`ra blindados
Para blindarem suas tropas,
Num país de enganados ,
Que não ganham nem, p´ra sopas.

Preferem antes investir
Com vista à violência,
Em vez de os pôr a sorrir,
Com um pouco de independência.

Não irá fazer sentido
Para muitos esta ideia,
Para mais que muitos, era o abrigo,
Da tempestade que os rodeia.

Esta, é a última intervenção
Política com esta rima,
Sonhem com o milhão,
Seria uma obra-prima.

O autor:
Bernardo Cerqueira.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Natal e Crise Nacional.


Vem aí mais um Natal
Alegrando nossos corações,
Porque é uma época afinal,
Que ainda vem mais uns tostões.

Eu vou pedir ao Menino
Que não deixe o Zé tirar,
Este pequeno complementozinho,
Que a crise deixou escapar.

Ainda bem que escapou
À arca deste governo,
Que tanta coisa congelou
E ainda não chegou o Inverno.

Espero que para o ano,
O Menino deite a mão
E suscite algum plano,
Para bem desta Nação.

Aos jovens que nada teêm
Congelado, ou por congelar,
Receio por eles também
Por não ter onde trabalhar.

Que o Menino ilumine
O caminho aos políticos,
Porque o politizar é crime,
Não trazendo benefícios.

Começem dando exemplos
E vejam onde cortar,
Olhem os vossos vencimentos
Aí, deveis continuar.

Reparem para as televisões
E seus apresentadores,
Com salários de afrontações,
Aos milhões de trabalhadores.

Para manter esses trutas,
Há um país com dificuldades
O povo é quem paga as multas,
De tamanhas crueldades.

Nem o Menino vai valer
Onde a inércia impera,
A crise vai permanecer,
O país não é o que era.

O autor :
Bernardo Cerqueira.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A Dívida Dos Inocentes.


Serão estes a pagar
Aquilo que não pediram,
Para outros esbanjar,
Em coisas que não deviam.

Esticando os seus pés
Para além da sua cama,
Sem contar com as marés,
Que o que é seu reclama.

E assim se vai vivendo
Neste país à beira-mar,
Com uma população sofrendo
E um governo a esbanjar.

Sem verem a cor do dinheiro,
Que dizem agora dever
Reconhecem que o engenheiro,
Nunca havia de aparecer.

Fazer à custa dos outros,
Com dinheiros emprestados
Só um governo de loucos,
Com chefes deseqilibrados.

Os resultados aí estão
Com os juros a aumentar,
Agora, os zés é que vão
Ter de os aguentar.

Contudo ainda parece
Querer-se no mesmo insistir,
Haver se a magia aparece,
Sem continuar a pedir.

Pensões milionárias,
Vencimentos exorbitantes,
Obras desnecessárias,
Viagens extravagantes.

Vejam-se as Fundações
Que temos de suportar,
Onde se injectam milhões
Para alguns os desfrutar.

Venha lá o FMI
Para os orientar,
Há muito inocente aqui,
Que já não tem onde cortar.

O autor:
Bernardo Cerqueira.