Sempre próximos de nós,
Mordem-nos aos bocados
Acabam por ficar sós.
Tal como as serpentes,
Focam suas presas
Confundindo suas mentes
Criando-lhes surpresas.
E quando nos apercebemos
Só nos resta abandonar,
Cuidar daquilo que temos,
Custe o que custar.
Elas andam por aí
Rastejando atrás de algo,
Comentando aqui e ali
Conversas que estão a saldo.
Envenenam o Mundo,
Chamen-lhe inveja se quiser
Emergem bem lá do fundo,
De uma semente qualquer.
Que se deteriorou no tempo
Afetando suas mentes,
Sem nunca verem o momento
Em se tornarem diferentes.
E quando caem em si
Por vezes tarde demais,
Continuam por aí
Como se fossem geniais.
São seres no meio de gente,
Que para se transformar
No que seria coerente,
Deveriam hibernar
E voltar nascer diferente.
O autor:
Bernardo Cerqueira