quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Corpo de gente, Mente de Serpente




São corpos camuflados
Sempre próximos de nós,
Mordem-nos aos bocados
Acabam por ficar sós.

Tal como as serpentes,
Focam suas presas
Confundindo suas mentes
Criando-lhes surpresas.

E quando nos apercebemos
Só nos resta abandonar,
Cuidar daquilo que temos,
Custe o que custar.

Elas andam por aí
Rastejando atrás de algo,
Comentando aqui e ali
Conversas que estão a saldo.

Envenenam o Mundo,
Chamen-lhe inveja se quiser
Emergem bem lá do fundo,
De uma semente qualquer.

Que se deteriorou no tempo
Afetando suas mentes,
Sem nunca verem o momento
Em se tornarem diferentes.

E quando caem em si
Por vezes tarde demais,
Continuam por aí
Como se fossem geniais.

São seres no meio de gente,
Que para se transformar
No que seria coerente,
Deveriam hibernar
E voltar nascer diferente.

O autor:
Bernardo Cerqueira



O grito dos inocentes





















Serenos mas indignados
Gritando pela justiça,
Não gostam ser espezinhados
Pelo que se não justifica.

Uma lição adequada
A uns alunos governantes,
De uma esperança errada,
Que decepcionou seus votantes.

Assim se fizeram ouvir
As vozes de quem trabalha,
Não sei se vão  servir,
Para arrumar a escumalha.

Uma coisa tenho a certeza,
Nada será como antes
Sentarse-ão a uma mesa,
E virão algumas atenuantes.

Foram Passos mal dados,
Que só servem para calcar
Trabalhadores e reformados,
Que se teem vindo a calar.

À temivel TSU
O povo despoletou,
Contra um governo cru
Que a troika manobrou.

E vai haver mais um vira,
Como aliás, sempre foi
Um rouba, outro tira
E o zé não vê um boi.

A mim já não me espanta
Em ver um PS voltar,
Assistir mais uma dança
Com o zé a celebrar.

O autor:
Bernardo Cerqueira