quarta-feira, 27 de julho de 2011

Olhando o Mar, Desde o Pirâmide.





Quando olho para o mar
Sinto a força da Natureza,
A tentar comunicar,
Com muito freguês e freguesa.

Entre rochas escavadas
Pela força das marés
E areias niveladas,
Deslizando a nossos pés.

Com ondas que culminam
Enrolando-se na areia,
Convidando que se decidam,
Antes da maré cheia.

Existe um Sol abrasador
Bronzeando a nossa pele,
Mesmo com o protector
Nos convida ir até ele.

São as férias de verão,
Para quem gosta do mar
E de meditação,
Ouvindo gaivotas cantar.

Entre Porto – Novo e o Grove
Na sua margem esquerda,
O Hotel Pirâmide acolhe,
Muita gente portuguesa.

Situado na Galiza,
Rodeado por sua beleza
Louvo quem organiza,
E criou tão linda surpresa.

Que não nos faz esquecer
A gentileza de seus empregados,
Os seus menus a saber,
Me merecem ser lembrados.

É um lugar predilecto
Para umas férias passar,
Entre rochas e céu aberto
E um mar a convidar.

Falo das Peixarinhas
Uma pequena, grande praia,
Com muitas outras vizinhas,
Para quem gostar doutra raia.

Gostei ter usufruído
Este local que conheci,
Estou mesmo agradecido
Pelo afecto que senti.

Isto não é propaganda!..
É uma forma de dialogar,
De quem há muitos anos anda,
Por ali a meditar.

O autor:
Bernardo Cerqueira.

A Falta do Adubo.



O cortar está na moda
Porque se deixou crescer,
Agora fazem a poda
Aconteça o que acontecer.

Criaram vícios nas plantas
Adubando-as demais,
Alguns encheram as panças
Com empréstimos colossais.

Agora à que cortar
Atingindo tais plantas,
Sem adubo para dar,
Á que tratar das finanças.

Medidas e mais medidas
Agora estão a tomar,
Para não agravar feridas,
Que podem vir a sangrar.

É tempo de pagar o adubo
Que tinha sido emprestado,
Mas no meio disto tudo
O povo é o visado.

O pior está para vir
Com as plantas a secar,
Tais - cortes - poderão servir,
Para o comércio aniquilar.

Por causa de ervas daninhas
Criadas em alguns países,
Temos agora doninhas,
Sugando-nos até às raízes.

Nos tempos em que vivemos,
Sem adubo para dar
Se o não recebermos,
Muita quinta vai fechar.

A dúvida paira no ar…
Que vai fazer um país
Com o desemprego aumentar,
E muita família infeliz.

Outrora havia gado
Que nos davam excrementos,
Puxavam pelo arado
Produziam-se alimentos.

O adubo não abundava
Nem dele se ouvia falar,
Nem combustível se gastava,
Não iremos lá voltar?

Tal - adubo não é tudo,
Assim como o emprestar
Acabem com isso tudo,
Vão p´rá terra trabalhar.

O autor:
Bernardo Cerqueira.