domingo, 26 de junho de 2011

Cem Títulos Da Tasquinha.





É o centésimo título
Editado por um rapaz,
Que se tornou discípulo
Da rima à um ano atrás.

Quando a escola frequentava
Após se ter aposentado,
Fazia do tempo que restava
Diálogos quadra a quadra.

Dando origem á tasquinha
Das rimas como lhe chama,
Não sendo só historinhas,
Tem facetas que ele passava.

Daí possuir um valor
Dígno de se transmitir,
Por iníciativa do autor
Que gosta de contribuir.

Para alguém poder passar
Uns curtos momentos a ler,
E dessa forma tentar
Outras coisas esquecer.

Há momentos em que alguém,
Procura espaços p´ra refletir
Sobre factos que a vida tem,
Eis, a forma de contribuir.

Com um pouco desta tinta
Da esferográfica que escrevo,
E, para que esse alguém sinta
Que a vida não é um enredo.

Não sendo nenhum doutor
Com palavras refinadas,
Tento passar p´ró leitor
Estas frases simplificadas.

Por vezes, uma simples palavra
Pode vir a ser a luz,
Como uma auto-estrada
Que mais rápido nos conduz.

A ultrapassar dificuldades
Que poderão ser encontradas,
Em certas localidades
Pondo em risco vidas humanas.

Sinto-me um rapaz feliz
Em poder aqui chegar,
Por tudo aquilo que fiz
E, cem títulos editar.

Tenho orgulho na tasquinha
E das pingas que ela deu,
Cem é uma linda continha,
Espero, ser aniversário meu.

O autor:
Bernardo Cerqueira.

sábado, 18 de junho de 2011

Milagres da Sardinha.






A sardinha faz milagres
Bem assada e regadinha
Com bom vinho, com vontades
De a comermos bem fresquinha.

É um petisco apreciado
Por muitos no são João,
Com a tal pinga ao lado
A ver subir o balão.

Vivinha da nossa costa
É o pregão, com certeza
P´ra quem come e p´ra quem gosta
Não há como a portuguesa.

É a época mais lembrada
P´ra cheirar o manjerico,
Além da sardinha assada
Não falta lá o cabrito.

No Verão é saborosa
Desde manhã ao Sol -posto,
Fica mais apetitosa
Entre Junho e Agosto.

Como manda a tradição
Na zona de comes e bebes,
Onde muitos se refugiam
E se tornam mais alegres.

Tem o condão de agrupar
Amigos e foliões,
Quer à mesa ou a bailar
Em francas animações.

Pondo a crise de lado
O amanhã é outro dia,
Quando bem acompanhado
Mais apetite nos-cria.

Uma boa sardinhada
Torna a gente mais alegre
Não se pensa em mais nada
Nem na crise que nos persegue.

Para comer a sardinha
Antes de arrefecer,
Aparta-se a escama fina
Para nos satisfazer.

É tempo de diversão
E das marchas populares,
Do São Pedro e São João
Lá p´ra longe vão os azares.

Finda a romaria
Cumpre-se a tradição,
Come-se até ser dia
E com ele se deitam.

Alguns dos romeiros
Que ali vão petíscar,
Dormem dias inteiros
Para recuperar.

O co - autor:
Bernardo Cerqueira

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O Tempo Consome a Vida.




Como passa o tempo
Que nos consome a vida,
Tendo em conta o momento,
Quando nos cativa.

Para os belos momentos
Que nos proporciona,
Com alguns acontecimentos,
E nos transforma.

E sem darmo-nos conta,
Tarde nos apercebemos
Que o passado é montra,
Onde nos revemos.

Aproveite o presente,
O amanhã é outro dia
Que irá ser diferente,
Pode ser, que nem sorria.

E quando nos apercebemos
O mesmo já passou,
Perante o espelho,vemos,
O quanto nos transformou.

Aproveitar as oportunidades
É dar oportunidade a alguém,
É o concretizar vontades,
Que com o tempo, vão e vem.

A vida passa
O tempo fica,
Deixamos a raça,
Que nos identífica.

Felizes daqueles
Com belos momentos,
Transformados por eles,
Em seus belos tempos.

Aqui da tasquinha
Brindo a rimar,
Mais uma gotinha
Para vos lembrar.

Que o tempo consome
Minuto a minuto,
A vida a quem dorme,
Não sendo astuto.

Manter-se acordado
É estar sempre alerta,
Ter muito cuidado,
Agir na hora certa.

Não tirem dilações
Erradas do que escrevo,
Falo, de ocasiões
Em o gozar, quando devo.


O autor:
Bernardo Cerqueira.